segunda-feira, 23 de abril de 2012

Poema n. 2

Uma noite
loucura cintilada
instintivas atitudes

depois de tudo
sem saber
me tiram os ladrilhos

fico sem chão

Devolva-me!
quero caminhar
mas que bom seria
se fosse ao seu lado

Preciso daquele seu cheiro
que você diz não ser seu
mas que vem de sua derme
desnorteando meus pensamentos

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Poema n. 1

Ando triste uns cinquenta dias por mês
Na penumbra de meu quarto
me escondo da escuridão do mundo
Muito de tudo é tão lisonjeiro
Salpicado com agrados passageiros

Aperta a rosa bela
Estende sua rubridão
para escorrer na saliência de suas veias
imiscuindo o espinho em carne

Troca então de pessoa
diz que é ele e diz que sou eu
no movimento escorrido da palavra
vertendo da boca espumante de querer
uns trocados da vida pra se enaltecer
alardeando felicidade
para os outros se engrandecer
Viver a vida não pra você

Esbofeteei meus desejos
jurei que não eram meus
cidadão sociológico
proveta de humanismo cientificista
se desp(ed)indo de ser gente

A próxima estrofe se encontra em construção.