terça-feira, 22 de setembro de 2015

Urgência

É preciso implodir o mundo.
Do jeito que se encontra faz dor de tiro no peito.
É preciso moer o mundo.
Para ver com o suco das suas sementes se sai um bom caldo.
Não se faz necessário conservar o mundo como está.
O que já existe, mesmo em roupagens novas já morreu de velho.

É imprescindível surgir o novo.
Criar raízes que permitem revigorar a existência.
Colocar bases sólidas e tijolos que elevem não apenas paredes, mas que se façam estruturas de belezas

Não é mais momento de esperar dias vindouros.
Torna-se condição nos fazermos esse dia que tanto esperamos.
É inadmissível proclamar que o corriqueiro não importa.
Pois os que assim fizerem serão cúmplices do sofrimento alheio.
A sacralidade do que se julga banal é um dos piores crimes contra a humanidade.

É preciso destruir o mundo!
Essa é radicalidade que se tornou necessidade.
Pois estamos prestes a nos sufocar entre os nossos escombros.
É preciso conspirar contra esse mundo.
Não acatar às ordens e instituirmos o amor como regra única.
Porque amor e mudança se configuram como únicas leis de fato humanas.

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